terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ano novo, pensamentos novos - ou repensados.

Sabe toda vez em que muda o ano e você fica pensando nas coisas que passaram, no que poderia ter feito, fez ou deixou de fazer, foi ousado naquilo ou covarde nisso, ...natural em praticamente toda passagem de ano, juntando com os novos desejos (ou não tão novos assim, porque o "saúde, amor, dinheiro, sucesso, carro novo, emprego" continuam na lista dos mais votados)? Pois é, acho que esse ano eu me vi refletindo um pouco mais do que o natural. Tive a minha "virada de ano na praia", com direito a ondinhas e uvas e champanhe e banho de mar com o meu vestido vermelho, mas não é bem disso que estou falando. A minha reflexão aconteceu uns 4 ou 5 dias já em 2011.
Quando eu era pequena, gostava muito de inventar estórias, de me imaginar em mundos diferentes ou até mesmo resolvendo mistérios. Cheguei, até mesmo, a escrever um romance policial, mais o início dele, que conforme eu crescia e consequentemente amadurecia, eu o deixava de lado. Um dia, seja por descuido, ou por vontade, eu o apaguei. Ainda lembro de alguma coisa. Mas a vontade de escrever e de criar e toda aquela criatividade continua aqui dentro. Começei a pensar muito nisso durante uma caminhada beira mar, em que eu e o L. começamos a contar estórias um para o outro. E que divertido. E que criatividade! Reacendeu em mim a chama do que estava apagado de 13 pra 14 anos. Surgiam palavras e enredos com tanta facilidade, que eu me via no meio deles, como uma personagem, não só a narradora. Incrível e fascinante. E o cenário para que tudo aquilo acontecesse? A brisa do mar tocando nossos rostos, o mar ouvindo as nossas estórias e nos acompanhando pelo caminho, e... a praia deserta, com apenas algumas luzes da cidade, muito longe.

Inesquecível para um início tão maravilhoso. Tão melhor que só as uvas, as ondas, os champanhes, os banhos noturnos...

...ter um início criativo ao lado dele, onde nada e nem ninguém pudesse interferir nas estórias que só nós podíamos criar.

Feliz 2011!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Dizem que nos relacionamentos a periodicidade exagerada atrapalha. Ok. Pensando desta forma, se todos os dias da semana são muito pra quem ainda está na fase experimental da convivência, passa-se então às quartas, sábados e domingos. Mas fazer isso de uma hora pra outra não é fácil. Duas pessoas acostumadas a se ver todos os dias e a quase depender disso - o que aqui pode começar a ser ruim - diminuem consideravelmente essa frequência. Não dando certo isso, e logo que isso aconteceu, na primeira semana, houve aquela mudança total da parte dela. Um distanciamento, até. Considerando, talvez, o acordo anterior. Não foi de propósito. E sua fase atual, psicológica, de busca de empregos, novos horizontes, resolução de problemas se intensificou de tal maneira que ela não soube lidar e nem aguentar.
Quando voltaram a se ver com a frequência anterior, ela já estava diferente, mas mais diferente ainda porque precisava dele mais do que nunca pra tentar sair daquilo pelo que passava. Se até então alguma coisa a mantinha aqui, era ele. E cobrá-la por uma distância dela, uma mudança de atitude, não ajudava. Só a fazia pensar que até aquele que ela mais amou na vida estava sofrendo com isso. E isso era demais.
Depois de um momento de desespero, de um dia completamente sem sentido, em que tudo conspirou pra coisas erradas, ela fez a besteira fatal. Ele fica presente o tempo todo e a salva como um anjo faria. Quem deixaria o amor da sua vida morrer? Mas no dia seguinte aquilo volta: "você estragou tudo, não está dando certo".
Agora não existe nem mais o "quarta-feira". Nem sei mais o que existe. Só sei que eu não afetei uma pessoa. Mas muito mais que uma. E quem eu menos queria, quem eu mais amo e quem eu mais tentei preservar. Se não desisti antes, foi para salvá-lo. Consegui. Mas ainda não consegui me salvar.

Eu só sei que a dor do amor é a maior que existe. E era essa que eu não queria estar sentindo agora.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Era uma vez uma garotinha, que como condição para ficar sozinha durante alguns períodos do dia exigiu de seus pais um animal de estimação, mais precisamente, uma gatinha. Eis que então, após algum tempo, ela ganha uma linda gatinha siamesa, com poucos dias de vida. Batizou-a de Tica. Tica cresceu rápido e tornou-se uma gata exuberante, porém, geniosa. Quando não gostava de alguém, não dava outra, partia pra briga. Depois de encontrar, provavelmente, outra família ou aventuras, Tica foi embora, e a garotinha de tanto sentir a sua falta ficou doente. Seus pais, para que a menina pudesse voltar a sorrir e ter a sua companheirinha, compraram outra gatinha, que dessa vez foi batizada de Tininha. Era a gatinha mais linda de todas as que a garotinha já tinha visto. Parecia que uma tinha sido feita para a outra. Nasceu ali um amor que ninguém mais podia entender. Tininha era sua companheira de todas as horas, e sabia exatamente quando a sua pequena dona mais precisava de carinho. Tininha teve vários filhotes, várias vezes, e a garotinha até ficou com uma de suas filhas. Mas seu amor por Tininha continuava a crescer. Certa vez, Tininha resolveu se aventurar e fugiu de casa. Cada dia era um tormento para a sua dona. Quanto mais tempo passava, mais ela chorava. No entanto, no fundo de seu coração ainda havia a esperança de encontrar sua companheirinha viva, mesmo que todas as pessoas falassem ao contrário. Eis que um dia, enquanto a menina e sua mãe assistiam televisão na sala, ouve-se um miado, fraco, porém decidido ao lado de fora da casa. Sua mãe, imaginando que fosse o miado da Doce (filha da Tininha), pediu que a garotinha abrisse a porta. A garotinha, por vez, afirmava que o miado não viera da filha, mas sim da mãe. E ela tinha razão. Ao abrir a porta, viu uma gatinha (praticamente branca) encostada ao lado do muro. Estava tão magra que nem parecia que pudesse andar. A garotinha chamou insistentemente por Tininha, que respondeu e veio correndo ao seu encontro. Era quase impossível de acreditar: sete meses e ela tinha voltado. Não tinha esquecido da sua amiga. Os minutos que se seguiram foram de emoção e carinho. A gatinha não sabia se comia ou se acariciava sua dona (sim, a gatinha acariciava o rosto da garotinha). O amor entre as duas tornava-se cada vez maior, e Tininha mostrava-se sempre com uma saúde impecável. Foram muitas as aventuras das duas. A garotinha cresceu e se tornou uma mulher e gatinha tornou-se uma linda gata. Tininha esteve presente quando sua dona chorava incessantemente pela morte de sua avó, e encostava seu rosto ao rosto dela, como que num gesto de compaixão, de carinho, de amor. Após algum tempo, descobriu-se em Tininha uma doença muito séria, e em um estágio muito avançado. Ela estava com câncer de mama e o nódulo tinha-se exteriorizado. Realizou-se a cirurgia e ela voltou pra casa. Passados 4 meses, Tininha começou a apresentar sintomas neurológicos, a andar em círculos e a não reconhecer mais as pessoas. Miava somente quando a sua garotinha a chamava, mas já não a conseguia ver.

Ela ainda dorme ao lado da garotinha, mas já não tem o mesmo brilho no olhar, e já não se sabe por mais quanto tempo seu coraçãozinho vai aguentar. Uma história de 15 anos não acaba da noite pro dia. E eu sei que ela me fez muito feliz, assim como eu também a fiz.

Hoje eu não quero, eu não aceito ter que sacrificá-la. Gostaria de ter a minha Tininha ao meu lado. Sempre achei que ela pudesse ser imortal, e o câncer me tira a felicidade novamente: primeiro meu avô, depois a minha vó e agora a minha grande companheira.

O que eu consigo dizer de hoje é que a vida é injusta, e que me dói muito ver como minha companheira está agora.

Meu post de hoje é dedicado à minha grande companheira, grande amiga, grande amor.

domingo, 27 de junho de 2010

Terminando a versão final da minha monografia...

Após uma semana de intenso nersosismo, a apresentação foi ótima. E a banca nem foi aquilo tudo que eu esperava. Estava tranquilo. E as correções foram mais no sentido de parágrafos longos, citações que faltaram, etc.

Agora só estou esperando a revisão final e pronto: entrego. Nem acredito: episódio monografia no seu último capítulo. Agora inicia um novo: trabalho.

Estou feliz que as coisas estejam melhores. Claro que pra ficar perfeito falta AQUELE emprego, ou pelo menos colocar tudo em dia. Ah, tem ainda o meu estágio, que tenho que terminar as horas.

Meio que em clima de copa fica difícil ter ânimo para trabalhar voluntariamente, certo? Estava com vontade mesmo de ter férias permanentes, viajar, etc., etc.

Por enquanto, a preocupação do momento: formatura. Cenário, decoração, convites, etc. Meu vestido já está escolhido. Uma coisa a menos.

domingo, 20 de junho de 2010

Entreguei minha monografia na sexta, e agora estou tentando fazer a apresentação oral. Hoje não dá pra fazer mais nada. Estou profundamente decepcionada e não consigo pensar em outra coisa. E dormir, que era o que eu devia ter feito há muito tempo ...nada! Que raiva de mim por ter perdido o meu tempo. Eu sou sincera com as pessoas, mas elas não são comigo.

Bom, organizei mais ou menos (na cabeça) o que eu quero e o que eu tenho que falar. Sei que tenho que controlar bem o tempo, pois são vinte minutinhos apenas, e acho que eu demorava, sem rodeios, o dobro disso só na revisão de literatura. O que seria então da análise? Tenho que ver bem o que fazer.

Hoje fui olhar vestidos para a minha formatura. Acho que encontrei o que eu quero. Pedi o vestido em outra cor - era prata e solicitei o fúcsia -, acho que chega amanhã e daí vou saber se é esse mesmo. Enquanto isso, estava olhando algumas roupas, para ver se eu encontrava alguma que eu gostasse para a apresentação da monografia - como ela vai ser no mesmo dia do meu aniversário, o calendário e a tradição me ajudaram e ganhei de presente da minha mãe uma roupa bem linda! Amei o presente. Depois da minha jornada em busca de vestidos, voltei pra casa e me arrumei para ir ao aniversário da minha prima. Estava bem gostoso lá, e antes tivesse ficado por lá. Acho que não teria me aborrecido ao voltar pra casa...

domingo, 30 de maio de 2010

ELE
*oq ta fazendo
EU
*Transcrevendo entrevistas
ELE
*vai ser entrevistada?
EU
*Não. Eu entrevistei.
ELE
*humm
*vc é chefe?
EU
Monografia, mesmo.
ELE
hã?

Ok, voltando ao trabalho.

domingo, 16 de maio de 2010

Os filhotinhos da Ruby nasceram hoje. Estávamos esperando para essa semana, mas não sei se exatamente para hoje - ou ontem contando que já passamos da meia noite! Na ultrassonografia constavam 5-6. Nasceram 10! Lindos de morrer! O ruim vai ser eles dormindo no meu quarto e chorando a noite inteira. Vai ver é esse o motivo da minha noite de insônia. Acho que não só esse, estou com o prazo bem apertado para a entrega da minha monografia, e ainda nem começei a coleta de dados. Pior do que a coleta é a transcrição das entrevistas e a análise. Mas como eu me enrolei mais de dois meses pra continuar o referencial teórico, agora me vejo sem muito tempo. Não estou me concentrando muito hoje. Meus joelhos resolveram que queriam doer, e doer muito. Que droga de frio (e eu que pensei que nunca iria falar isso!).

Eu devo ser muito chata, às vezes. Estava nervosa e impaciente por não voltar às atividades e iniciar o meu estágio. Agora, não vejo a hora que acabe. Queria ter escolhido o campo hospitalar, mas como não há tempo hábil e eu preciso aproveitar o pouco que me resta pra coletar os dados, tive que ir para a Unidade de Saúde. "Cospe pra cima e cai na testa". Pior que isso é se eu passar em um concurso da prefeitura e assumir numa U.S. Aí sim, é cair direto na garganta. O fato é que eu preciso trabalhar e a minha formatura está na porta, já.

Bom, hoje resolvi escrever várias coisas, e diferentes. Contar um pouco. Tinham vários posts aqui, e como dá pra perceber, não tem mais nenhum. Ou melhor, tem um. Apaguei todos os anteriores porque decidi começar do zero. Muitas das coisas que estavam escritas aqui, foram enquanto eu estava ...dormindo! É verdade: mais do que escrever em uma noite insônia, é escrever em uma noite sonâmbula. E aí dá pra ver que sai cada coisa... E acho que nem dá pra reclamar depois. Aí, nessa situação, é melhor começar do zero, e de preferência bem acordada.

Outra coisa: meus sonhos! Tenho sonhado muito com a minha avó. E ela não está nada bem, nos sonhos. Isso me deixa péssima, porque é como se eu estivesse revivendo a morte dela. E pior de tudo: ela me promete que vai melhorar, e eu acordo com uma vontade imensa de ligar para o hospital e perguntar como ela está. É horrível. Outro sonho é que as pessoas mudam. É, isso mesmo. No início do sonho elas são fulano ou ciclano. De repente (não mais que), elas se transformam em outras! E nas mais improváveis.

Ok. Vou ler o texto de um amigo, e voltar - ou tentar - para a minha monografia. Tenho milhões de artigos para ler.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ontem, enquanto eu estava na U.S., lembrei o quanto esqueci de muita coisa que eu aprendi, e pior, que gostei. É incrível como esquecemos o que não é mais usado. Tá aí a importância da atualização constante. Após acompanhar algumas consultas de enfermagem, do pré-natal, pude lembrar um pouco de como funciona o sistema de anotação, agendamento, etc. Acredito que, até recuperar o ritmo, eu tenha que ficar de carrapato nos trabalhadores de lá.
Eu já fiz estágio em uma U.S. antes, mas com uma diferença: a anterior era básica, e essa é estragégia da saúde da família. O que eu detestava antes, ir para uma unidade daquele tipo, agora acho que fica pior. Bem feito pra mim, por escolher um tema que envolva U.S. ao invés de hospital. Agora lá vou eu na minha busca por protocolos do mãe curitibana, dos programas, das leis, e blablabla. Coisas que eu realmente não gosto de estudar.

Agora é bom lembrar mesmo, preciso pesquisar sobre profissionais de um PSF, atribuições de cada um, formação da equipe, territorialização da unidade, capacidade, área de abrangência, porcentagem de hipertensos, gestantes de baixo e alto risco, puerpério, pré-natal e metas. Esqueci de alguma coisa?
Ah, é, e agora começar a coleta dos dados.